Brasil conquista o Mundial de Atletismo Paralímpico com 44 medalhas, sendo 15 de ouro
O Brasil fez história no Mundial de Atletismo Paralímpico realizado em Nova Déli, ao conquistar um total de 44 medalhas, incluindo 15 de ouro, 20 de prata e 9 de bronze. Este desempenho notável garantiu ao país o primeiro lugar no quadro geral de medalhas, superando a China, que ficou em segundo lugar com 13 ouros, 22 pratas e 17 bronzes, totalizando 52 medalhas.
Destaques da Competição
Durante a competição, que ocorreu ao longo de vários dias, os atletas brasileiros se destacaram, subindo ao pódio em todas as jornadas. Um dos principais nomes foi a velocista Jerusa Geber, que conquistou a medalha de ouro na prova dos 200m T11, categoria para atletas com deficiência visual, com um tempo de 24s88. Este foi o segundo ouro de Jerusa nesta prova, já que ela também havia vencido em Paris 2023. Com essa conquista, a atleta se tornou a brasileira com mais pódios na história dos Mundiais, totalizando 13 medalhas.
Outro destaque foi a participação de Thalita Simplício, que conquistou a medalha de bronze na mesma prova dos 200m T11, com um tempo de 25s97. A medalha de prata foi para a chinesa Liu Yiming, que completou a prova em 25s54. O sucesso brasileiro na competição foi complementado com mais um ouro conquistado por Zileide Cassiano no salto em distância T20, onde alcançou a marca de 5,88m, sua melhor distância na temporada.
Resultados e Desempenho Geral
A performance do Brasil foi impressionante, especialmente considerando que o país havia terminado em segundo lugar no quadro geral de medalhas na edição anterior do Mundial, realizada em Kobe. Em 2024, o Brasil conquistou 42 pódios, sendo 19 de ouro, 12 de prata e 11 de bronze. No Mundial de Paris, a seleção brasileira havia alcançado seu melhor desempenho em termos de total de pódios, com 47 medalhas no total.
Durante a competição em Nova Déli, o Brasil manteve a liderança do quadro de medalhas desde o primeiro dia, tendo um desempenho consistente e conquistando medalhas em diversas disciplinas. No último dia, os atletas brasileiros somaram seis pódios, incluindo três ouros, uma prata e dois bronzes.
Protestos e Revisões de Resultados
A competição também foi marcada por protestos que resultaram em revisões de pódios. Um exemplo foi a potiguar Clara Daniele, que inicialmente conquistou a medalha de prata na final dos 200m T12, mas após um protesto, subiu ao lugar mais alto do pódio. A alegação era de que o atleta-guia da competidora venezuelana havia puxado a atleta antes de cruzar a linha de chegada, o que é proibido pelas regras da competição. Assim, Clara se tornou campeã mundial em sua estreia.
Outro atleta que teve um resultado revisado foi Thiago Paulino, que havia conquistado a medalha de prata no arremesso de peso F57. Após contestação sobre seu desempenho, a arbitragem decidiu que ele não havia violado nenhuma regra e manteve sua medalha.
Medalhas e Atletas em Destaque
Além das conquistas de Jerusa e Thalita, outros atletas brasileiros também se destacaram. Maria Clara Augusto conquistou duas medalhas em Nova Déli, incluindo ouro nos 400m e prata nos 100m. Com isso, ela se tornou a atleta com mais pódios para o Brasil no Mundial, somando três medalhas no total.
O catarinense Edenilson Floriani também fez história ao conquistar a medalha de bronze no arremesso de peso F42/F63, com um lançamento de 14,96m, estabelecendo um novo recorde das Américas. Este foi o segundo bronze de Edenilson na competição, já que ele também havia vencido a medalha de bronze no lançamento de dardo.
Conclusão
O Mundial de Atletismo Paralímpico em Nova Déli ficará marcado como um dos melhores momentos da história do esporte brasileiro, não apenas pela quantidade de medalhas conquistadas, mas também pela determinação e resiliência dos atletas. Este evento não só destaca o talento dos competidores, mas também reforça a importância do apoio e investimento no esporte paralímpico, que continua a crescer e a inspirar novas gerações.